Fábio César da Fonseca
Diretor do IELACHS
Maria Laura Pinto Rodrigues
Diretora do ICBN
Nós, Fábio e Laura, CHAPA 1 - UFTM SOMOS TODOS NÓS, que concorremos à eleição para a escolha do Reitor da UFTM Gestão 2014-2018, nos dirigimos a cada um e a cada uma de vocês para mais uma breve reflexão sobre a nossa Universidade, sobre a Educação e sobre nós mesmos, nossos sonhos, esperanças, entusiasmo e vontade de caminhar na direção de um mundo mais justo, mais humano e feliz.
Tentamos encontrar as expressões mais justas e belas, capazes de expressar os nossos agradecimentos a cada uma e a cada um de vocês que acreditaram nas propostas, construídas de maneira democrática e coletiva, de uma Universidade pública, gratuita e de qualidade, e mais, de uma Universidade acolhedora e respeitosa, que valoriza os seus docentes, seus técnicos e seus estudantes vindos de qualquer parte deste imenso e belo Brasil, e de outros lugares, línguas e nações.
Agradecemos aos que se envolveram profunda e intensamente na construção de nosso programa de trabalho e na nossa campanha para a Reitoria da UFTM 2014-2018, e aos que não puderam ou não tiveram condições de se envolver mais diretamente no processo eleitoral, mas que se solidarizam a nós, à nossa caminhada. Também, a todos os que votaram em nós e acreditaram em nossas propostas.
Foram muitas horas juntos, conhecendo a nossa Universidade. Momentos de reflexões, conversas, pesquisas, diálogos, escutas, buscas, entendimentos, análises da realidade e esforços para encontrarmos o conceito, a palavra e a linguagem que melhor explica o sentido e as razões dos nossos problemas institucionais. A simplicidade dos olhares que se cruzavam desencadeava sorrisos e lágrimas, alimentando as nossas energias, tornando leves os nossos corações e nos impulsionando em direção a outra Universidade, ou seja, para a construção de uma UFTM que tem história e que sabe ser moderna e contemporânea; ser passado, mas também presente e futuro; que sabe ser dinâmica, pois vivencia um constante construir e reconstruir; que sabe ser de todos e de ninguém, pois é do povo, é da sociedade brasileira.
A UFTM SOMOS TODOS NÓS é um despertar simples e singelo, mas ao mesmo tempo profundo e relevante historicamente, porque questiona a todos nós, toca fundo o sentido do público, nos desafia a construir a democracia, a transparência, a descentralização e a diversidade. Mexe com os nossos interesses próprios, desafia o nosso egocentrismo, questiona o sentido, a origem das decisões e os critérios na distribuição e aplicação dos recursos públicos.
A UFTM SOMOS TODOS NÓS nos conduz aos caminhos do entendimento, da compreensão, da dureza e da beleza de vivermos e convivermos com a diversidade. Estamos no espaço público, numa Universidade Pública sustentada pelo povo de um país cuja maioria sofre com a exploração e a humilhação no mundo do trabalho e que às duras penas amadurece a vivência da democracia. Por isso, precisamos pensar no retorno social, técnico, científico, tecnológico, no retorno em termos de fortalecimento da democracia, da participação, da formação de uma consciência crítica política e econômica que a nossa Universidade deve proporcionar ao povo e à sociedade brasileira. Precisamos trabalhar com uma Educação que valorize o ser humano, as relações de trabalho e o meio ambiente.
A política pública contemporânea para as Universidades Federais veio ao encontro da UFTM e abriu suas portas para o novo, para docentes, para profissionais técnicos das mais variadas áreas, para estudantes de outros rincões e culturas, para a mistura social e racial. E isso realça ainda mais o significado e o sentido de que a UFTM SOMOS TODOS NÓS. Seu espaço é de todos nós.
Continuemos com os nossos passos direcionados para a construção da democracia, da descentralização, da transparência e da diversidade. De mãos dadas, miremos uma Universidade com um Ensino de qualidade, formador de pessoas críticas e propositivas, de profissionais sensíveis aos problemas sociais, econômicos e ambientais. Busquemos um Ensino, uma Pesquisa e uma Extensão voltados para um desenvolvimento local, regional e nacional que seja social, tecnológica e economicamente referenciado. Desenvolvamos cada vez mais a capacidade do diálogo franco e aberto.
Mais uma vez, obrigado a todas e a todos vocês por tudo. Nossa caminhada durante a campanha foi cheia de sentido, de alegria, de entusiasmo e de esperança. E esses são os sentimentos que devem perdurar entre nós na construção de uma UFTM DE TODOS NÓS.
Um grande abraço!
Uberaba, 26 de junho de 2014.
sexta-feira, 27 de junho de 2014
Nosso encontro com a política e a história da UFTM
quarta-feira, 11 de junho de 2014
Apenas começamos!
Uma ocasião,
meu pai pintou a casa toda
de alaranjado brilhante.
Por muito tempo moramos numa casa,
como ele mesmo dizia,
constantemente amanhecendo.
Adélia Prado
Estivemos envolvidos diretamente na construção de uma alternativa para o futuro da UFTM com maior intensidade nos últimos seis meses. Desses, ficamos envolvidos aproximadamente cinco meses construindo um robusto e fundamentado programa de trabalho, bem como definindo quem representaria esse amplo movimento.
Fábio e Laura assumiram essa tão importante tarefa: levar aos quatro cantos da UFTM e até mesmo fora dela, nossa mensagem que indica a esperança em outro modelo de gestão da universidade, respeitando-se as diferenças, envolvendo a comunidade universitária na formulação e condução de seus rumos, ampliando os espaços de participação e decisão, enfim, superando a base geradora dos maiores problemas que podemos identificar, entre eles, o mal uso de recursos, a falta de critérios e transparência, o autoritarismo...
Sem soluções mágicas, mas com compromissos claros, firmes e definidos, nos apresentamos como uma alternativa viável sem abandonar os sonhos, de modo responsável, produtivo, eficiente, plural, democrático.
As forças a superar eram gigantescas: o conservadorismo, a acomodação, o medo da mudança, a força da máquina, a concentração do poder, os interesses pessoais, o apego aos cargos, o desprezo pela coisa pública.
Nossos principais recursos eram nosso programa, nosso exemplo, nossa coerência e o convencimento da comunidade universitária. Para a concretização de nossas metas recorremos a um forte planejamento e intensa organização.
Lutamos contra abusos de quem detém o poder, como o encurtamento do período de campanha em mais de duas semanas (o que levou a situação esdrúxula com a realização de dois debates em quatro dias!); o casuísmo oportunista de inclusão dos trabalhadores da EBSERH, recém chegados, como eleitores (e a recusa do mesmo direito à trabalhadores da FUNEPU que ajudam a construir a universidade há mais de 20 anos); a falta de transparência na lista de votantes dos servidores (que foi fornecida, segundo solicitações, apenas extemporaneamente pela PRORH e divulgada fora de todos os prazos oficiais, a despeito de todos os esforços e cobranças da Comissão Eleitoral); o evidente uso da máquina (quando os telefones de boa parte da comunidade universitária vazaram para a chapa da situação, levando ao envio indevido de centenas de mensagens de celular na madrugada do dia 21/05), entre outros abusos. Lutamos contra a desconfiança e o desconhecimento de setores da comunidade universitária, sendo que obtivemos respostas positivas até mesmo em locais que inicialmente não imaginávamos.
Fomos acusados de forasteiros, de estarmos interessados apenas no “poder”, convidados em mais de uma oportunidade a sair da universidade. Contra tais acusações, respondemos com a alegria de uma campanha propositiva, bonita e ética. Convidamos a comunidade universitária a dar as mãos e cantar um futuro que poderia começar em breve. Não negociamos um cargo sequer! Não prometemos funções gratificadas ou ganhos materiais pessoais!
Enfrentamos pesada boca de urna; enfrentamos “cobranças” por parte da maioria dos “dirigentes” sobre seus subordinados; enfrentamos a difamação; enfrentamos desconfianças de alguns setores da universidade, sobretudo no ICTE, a despeito dos enormes esforços que fizemos com o objetivo de integrá-los em nosso programa. Encontramos ainda um cenário onde 49% dos alunos, simplesmente, se abstiveram do processo e não foram às urnas.
Infelizmente, não conseguimos superar todas as limitações impostas e vencer a votação oficial. Não podemos nem precisamos esconder que também cometemos erros, mas não tivemos condições objetivas para atingir todas as metas estipuladas e as situações previstas, o que contribuiu, parcialmente, para que o resultado final nas urnas não fosse o suficiente para nossa vitória eleitoral. Entretanto, nossos erros nunca vieram da arrogância ou da malícia.
Conquistamos mais de 47% dos votos válidos, ou seja, grande parte da comunidade universitária votou para esse projeto de universidade e de vida! Este resultado nos enche de esperança, nos nutrindo e dando a força necessária para seguir adiante, cantando! Continuaremos em nossa UFTM. Sim, nossa, pois também fazemos parte dela, alguns há mais de 20 anos!
Esta campanha foi memorável, mais do que nas fotos e vídeos, nas postagens do Facebook, de sites e blogues, e ficará marcada nas mentes, nas palavras e nas ações da comunidade universitária, pois, como nunca antes na história da UFTM, ela renovou o vocabulário, abriu um novo capítulo.
Palavras e expressões como transparência, descentralização orçamentária e administrativa, diversidade, creche, calendário cultural e, acima de todas, Plano Diretor, agora farão parte das conversas entre docentes, discentes e técnicos, assim como estarão presentes nas reuniões dos órgãos colegiados, principalmente do CONSU – Conselho Universitário, além de não poderem mais ser alijadas das ações das Pró-Reitorias e do plano de trabalho a ser implementado pela Reitoria, qualquer Reitoria daqui para frente.
Estaremos atuantes, organizados, mobilizados. Cobraremos e fiscalizaremos a “atual-futura” gestão. Denunciaremos os desmandos, as perseguições, o mau uso dos recursos públicos. Defenderemos a res publica com propriedade, pois como republicanos, repudiamos a existência de privilegiados sem mérito ou critérios publicamente definidos. Estaremos em todos os institutos, no CEFORES, no HC, na EBSERSH, na FUNEPU, nos conselhos superiores, nos órgãos de representação, nos espaços de ensino, pesquisa, extensão.
O movimento UFTM SOMOS TODOS NÓS renovou as palavras para renovar as ações. Como disse James Weldon Johnson, ativista dos direitos civis na década de 1960, “nada é mais poderoso que uma idéia cuja hora chegou!"
Deixamos uma mensagem de esperança aos nossos apoiadores incansáveis e o aviso que não nos deixaremos silenciar! Continuaremos a lutar pelo “nosso”, pois é essa concepção social que nos une e nos impulsiona. Uma concepção pluralista em que o poder de um indivíduo não pode se sobrepor ao da coletividade, nem impor-se sobre ela.
Agradecemos a quem confiou em nossas propostas e depositou nela a esperança de uma nova UFTM. Pelo expressivo resultado nas urnas, consideramos que fizemos uma campanha vitoriosa e estamos convictos que também a partir de nossas contribuições a UFTM nunca mais será a mesma! Sem dúvida, podemos afirmar que no dia 21 de maio de 2014 uma nova universidade foi firmada. Isso nos leva a definir e seguir adiante com a visão de que a UFTM SOMOS TODOS NÓS! Ontem, hoje e amanhã.
Apenas começamos!
UFTM SOMOS TODOS NÓS
Uberaba, 08 de junho de 2014.
Câmara aprova cessão de área ao IFTM e UFTM
A Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) obteve ontem a cessão de uma área de 11.966,77m2 localizada na avenida Doutor Randolfo Borges Júnior, no Parque Tecnológico, onde deverá implantar os prédios da reitoria e administrativo. A cessão está prevista no Projeto de Lei 128/14, do Executivo, aprovado pela Câmara com a presença do pró-reitor de infraestrutura da instituição de ensino superior, Danilo Tonelli, e da gestora do Parque Tecnológico, Raquel Resende.
De acordo com Danilo, toda parte de urbanização interna na área oficialmente cedida já foi concluída, enquanto o projeto para as portarias principal e secundária está em fase de licitação. “A ideia é que no futuro [o local] abrigue toda reitoria, inclusive um centro de convenções e auditório, mas à medida dos recursos”, disse o representante da UFTM.
O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro (IFTM) também foi beneficiado ontem com a cessão de uma área com 10.834,95m2, que, a exemplo do espaço cedido à UFTM, está localizada no Parque Tecnológico de Uberaba. A cessão visa à expansão da sede da reitoria para abrigar o bloco administrativo, auditório, estacionamento, almoxarifado, patrimônio e refeitório, conforme o PL 129/14.
O pró-reitor do IFTM, Eurípedes Ronaldo Ananias, também esteve na Câmara para defender a matéria, quando revelou que o objetivo da instituição é dar mais conforto e acima de tudo criar melhores condições de trabalho para Reitoria, que foi dimensionada para abrigar 80 servidores e hoje conta com 120.
Isto porque, segundo ele, Uberaba é responsável pela administração central de oito campi localizados em Patos de Minas, Patrocínio e Campina Verde, e em Uberlândia, Ituiutaba e Paracatu – sendo dois em cada uma dessas três cidades –, além de 32 polos de educação a distância. “Hoje é o IFTM é a quarta instituição em oferta de educação na modalidade a distância”, informa Ronaldo, acrescentando que são atendidos 14 mil alunos em cursos superiores e técnicos. Ele estima que as obras comecem em 2015 e agradece a sensibilidade da administração municipal em relação à demanda do Instituto.
O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro (IFTM) também foi beneficiado ontem com a cessão de uma área com 10.834,95m2, que, a exemplo do espaço cedido à UFTM, está localizada no Parque Tecnológico de Uberaba. A cessão visa à expansão da sede da reitoria para abrigar o bloco administrativo, auditório, estacionamento, almoxarifado, patrimônio e refeitório, conforme o PL 129/14.
O pró-reitor do IFTM, Eurípedes Ronaldo Ananias, também esteve na Câmara para defender a matéria, quando revelou que o objetivo da instituição é dar mais conforto e acima de tudo criar melhores condições de trabalho para Reitoria, que foi dimensionada para abrigar 80 servidores e hoje conta com 120.
Isto porque, segundo ele, Uberaba é responsável pela administração central de oito campi localizados em Patos de Minas, Patrocínio e Campina Verde, e em Uberlândia, Ituiutaba e Paracatu – sendo dois em cada uma dessas três cidades –, além de 32 polos de educação a distância. “Hoje é o IFTM é a quarta instituição em oferta de educação na modalidade a distância”, informa Ronaldo, acrescentando que são atendidos 14 mil alunos em cursos superiores e técnicos. Ele estima que as obras comecem em 2015 e agradece a sensibilidade da administração municipal em relação à demanda do Instituto.
Fonte: Jornal da Manhã (11/06/2014).
domingo, 8 de junho de 2014
Bandidos rendem porteiros e abrem caixa eletrônico com maçarico
Polícia Militar registrou, na madrugada de ontem, assalto ao prédio da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), na avenida Getúlio Guaritá, no bairro Abadia. Dois homens armados renderam quatro funcionários. Em seguida chegaram mais dois assaltantes, que arrombaram o caixa eletrônico e levaram o dinheiro.
Policiais militares da 40ª Companhia/4º BPM foram designados para atender à ocorrência. Conforme o vigilante E.P., 35 anos, por volta de 1h45 de ontem, foi rendido por dois homens no final de um dos corredores do prédio, que fica na esquina com a rua Vigário Carlos. Os autores questionaram a respeito de outros funcionários e renderam os porteiros F.M., 48, e H.M.P., 49, e a faxineira M.G.S.A., 48. Após amarrarem todos em uma rampa, comunicaram com outros dois assaltantes, que entraram pela porta da frente.
Com uso de maçarico, os ladrões arrancaram a parte frontal de um dos caixas eletrônicos do Banco do Brasil nas dependências da UFTM. Depois de abrirem o equipamento, roubaram algumas gavetas que estavam com dinheiro. Também roubaram um revólver calibre 38 com 12 munições e um colete à prova de balas do vigilante. Em seguida fugiram a pé.
A perícia técnica da Polícia Civil compareceu ao local e apreendeu um cadeado e uma garrafa com água, usada pelos marginais para esfriar o ferro cortado pelo maçarico. Até o fechamento desta matéria ninguém havia sido preso e não foi divulgado o valor roubado. Por se tratar de um caixa eletrônico do Banco do Brasil, a competência para investigação é da Polícia Civil.
Policiais militares da 40ª Companhia/4º BPM foram designados para atender à ocorrência. Conforme o vigilante E.P., 35 anos, por volta de 1h45 de ontem, foi rendido por dois homens no final de um dos corredores do prédio, que fica na esquina com a rua Vigário Carlos. Os autores questionaram a respeito de outros funcionários e renderam os porteiros F.M., 48, e H.M.P., 49, e a faxineira M.G.S.A., 48. Após amarrarem todos em uma rampa, comunicaram com outros dois assaltantes, que entraram pela porta da frente.
Com uso de maçarico, os ladrões arrancaram a parte frontal de um dos caixas eletrônicos do Banco do Brasil nas dependências da UFTM. Depois de abrirem o equipamento, roubaram algumas gavetas que estavam com dinheiro. Também roubaram um revólver calibre 38 com 12 munições e um colete à prova de balas do vigilante. Em seguida fugiram a pé.
A perícia técnica da Polícia Civil compareceu ao local e apreendeu um cadeado e uma garrafa com água, usada pelos marginais para esfriar o ferro cortado pelo maçarico. Até o fechamento desta matéria ninguém havia sido preso e não foi divulgado o valor roubado. Por se tratar de um caixa eletrônico do Banco do Brasil, a competência para investigação é da Polícia Civil.
Foto e fonte: Jornal da Manhã (07/06/2014).
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terça-feira, 3 de junho de 2014
Criança espera há quase dois anos por cirurgia no HC/UFTM
Espera por cirurgia deixa mãe preocupada com estado de saúde do filho, de apenas quatro anos. Segundo a profissional de serviços gerais Ellen Carla Rodrigues, há um ano e meio o filho espera pela realização de uma cirurgia de hérnia umbilical. Em dezembro de 2012 o procedimento chegou a ser agendado, mas não foi possível ser realizado, pois um pouco antes ele teve febre alta e os médicos acharam melhor suspender e marcar outra data.
Desde então, Ellen aguarda ansiosa a ligação do setor de pediatria do Hospital de Clínicas comunicando a data da operação. “Estou muito apreensiva, vejo o quanto o meu menino está sofrendo, precisa passar por essa operação e não nos informam sobre a data. Já são quase dois anos esperando, e o telefone não toca. Quando fui agendar a cirurgia, em 2012, realizamos todos os procedimentos necessários, nos preparamos, mas não foi possível, a febre estava alta e acharam melhor não arriscar. Também concordei, era a saúde do meu filho e não poderia ficar pior, mas não imaginei que iria demorar tanto para agendar uma nova data, isso não é certo, ele está sentindo dores e precisa operar”, explica Ellen.
De acordo com a profissional de serviços gerais, ela procurou o Hospital de Clínicas diversas vezes, em uma delas conseguiu conversar com a médica que atendia o filho em 2012, pois agora já é outro profissional, e ela disse para esperar que o hospital entraria em contato, e já havia se esquecido deste caso, mas, agora que lembrou, a operação sairia em breve. Mas não ligaram para Ellen, que, depois de esperar por meses, procurou novamente o hospital, e disseram que falta leito e por isso não teria como fazer a operação agora. “Não fiquei esperando em casa, já fui diversas vezes ao HC, em um desses momentos cheguei a esperar o dia todo por uma resposta e mesmo assim saí do local sem informação. Já tentei de tudo, chorei quando estive lá e mesmo assim essa operação não é agendada. Meu telefone é o mesmo e fico ao lado dele o tempo todo, mas nunca me ligam”, afirma Ellen.
A mãe conta ainda que cuidar do filho está cada vez mais difícil, ela precisa trabalhar e deixa-o no Centro de Educação Infantil do bairro em que mora, no Jardim Copacabana, entretanto, as professoras ficam preocupadas, com medo de que algo aconteça. Em casa também não é fácil. Ela conta que não tem carro e, quando ele sente dores, é precisar levar ao hospital, necessita percorrer uma longa distância até o ponto de ônibus. Procurada pelo Jornal da Manhã, a assessoria de imprensa da Universidade Federal do Triângulo Mineiro disse que a questão foi encaminhada à Gerência de Atenção à Saúde. No entanto, até o fechamento desta edição nenhuma resposta foi encaminhada.
Foto e fonte: Jornal da Manhã (03/06/2014).
Desde então, Ellen aguarda ansiosa a ligação do setor de pediatria do Hospital de Clínicas comunicando a data da operação. “Estou muito apreensiva, vejo o quanto o meu menino está sofrendo, precisa passar por essa operação e não nos informam sobre a data. Já são quase dois anos esperando, e o telefone não toca. Quando fui agendar a cirurgia, em 2012, realizamos todos os procedimentos necessários, nos preparamos, mas não foi possível, a febre estava alta e acharam melhor não arriscar. Também concordei, era a saúde do meu filho e não poderia ficar pior, mas não imaginei que iria demorar tanto para agendar uma nova data, isso não é certo, ele está sentindo dores e precisa operar”, explica Ellen.
De acordo com a profissional de serviços gerais, ela procurou o Hospital de Clínicas diversas vezes, em uma delas conseguiu conversar com a médica que atendia o filho em 2012, pois agora já é outro profissional, e ela disse para esperar que o hospital entraria em contato, e já havia se esquecido deste caso, mas, agora que lembrou, a operação sairia em breve. Mas não ligaram para Ellen, que, depois de esperar por meses, procurou novamente o hospital, e disseram que falta leito e por isso não teria como fazer a operação agora. “Não fiquei esperando em casa, já fui diversas vezes ao HC, em um desses momentos cheguei a esperar o dia todo por uma resposta e mesmo assim saí do local sem informação. Já tentei de tudo, chorei quando estive lá e mesmo assim essa operação não é agendada. Meu telefone é o mesmo e fico ao lado dele o tempo todo, mas nunca me ligam”, afirma Ellen.
A mãe conta ainda que cuidar do filho está cada vez mais difícil, ela precisa trabalhar e deixa-o no Centro de Educação Infantil do bairro em que mora, no Jardim Copacabana, entretanto, as professoras ficam preocupadas, com medo de que algo aconteça. Em casa também não é fácil. Ela conta que não tem carro e, quando ele sente dores, é precisar levar ao hospital, necessita percorrer uma longa distância até o ponto de ônibus. Procurada pelo Jornal da Manhã, a assessoria de imprensa da Universidade Federal do Triângulo Mineiro disse que a questão foi encaminhada à Gerência de Atenção à Saúde. No entanto, até o fechamento desta edição nenhuma resposta foi encaminhada.
Foto e fonte: Jornal da Manhã (03/06/2014).
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segunda-feira, 2 de junho de 2014
Falando sério*
Mais longo
E por falta de professores – são apenas oito para todo o curso -, os estudantes de Psicologia da Universidade Federal do TM demorarão um ano a mais para se formarem (serão 5 e não 4 anos).
Ainda vai render
O resultado das urnas está, aparentemente, absorvido pela oposição na UFTM, mas as situações de improbidade administrativa verificadas durante o pleito, não. A ideia é fincar bandeira por um processo verdadeiramente democrático, em que as atitudes reprovadas na política-partidária – uso da máquina e assédio moral – não sejam repetidas na universidade.
Despesa
Com previsão de atender inicialmente cento e trinta e um estudantes previamente selecionados por suas condições de vulnerabilidade social, a UFTM gastará R$ 404 mil/ano com o restaurante universitário. A empresa responsável pelo fornecimento da alimentação – almoço e jantar – a R$ 11,70 por dia é a RC Nutry Alimentação, contratada por doze meses, com possibilidade de prorrogação do compromisso. Somente para os estudantes carentes a refeição é totalmente subvencionada pelo Ministério da Educação.
* Trecho da coluna "Falando sério", assinada por Wellington Cardoso e publicada na edição de 02/06/2014 do Jornal da Manhã.
Fonte: Jornal da Manhã (02/06/2014).
E por falta de professores – são apenas oito para todo o curso -, os estudantes de Psicologia da Universidade Federal do TM demorarão um ano a mais para se formarem (serão 5 e não 4 anos).
Ainda vai render
O resultado das urnas está, aparentemente, absorvido pela oposição na UFTM, mas as situações de improbidade administrativa verificadas durante o pleito, não. A ideia é fincar bandeira por um processo verdadeiramente democrático, em que as atitudes reprovadas na política-partidária – uso da máquina e assédio moral – não sejam repetidas na universidade.
Despesa
Com previsão de atender inicialmente cento e trinta e um estudantes previamente selecionados por suas condições de vulnerabilidade social, a UFTM gastará R$ 404 mil/ano com o restaurante universitário. A empresa responsável pelo fornecimento da alimentação – almoço e jantar – a R$ 11,70 por dia é a RC Nutry Alimentação, contratada por doze meses, com possibilidade de prorrogação do compromisso. Somente para os estudantes carentes a refeição é totalmente subvencionada pelo Ministério da Educação.
* Trecho da coluna "Falando sério", assinada por Wellington Cardoso e publicada na edição de 02/06/2014 do Jornal da Manhã.
Fonte: Jornal da Manhã (02/06/2014).
quinta-feira, 29 de maio de 2014
Problemas no RU mais caro do Brasil
Começam a surgir os problemas no RU mais caro do Brasil. Faltar comida e várias pessoas na fila...
Foto: UFTM/STN.
Veja também
UFTM tem RU mais caro do Brasil
R$ 5,85 não dá! Subsídio já!
quarta-feira, 28 de maio de 2014
Falando sério*
Hora de compor
Resultado das urnas, que dificilmente deixará de ser referendado em Brasília, sinaliza que a enfermeira Ana Lúcia Simões e Luiz Fernando Resende precisarão compor com a oposição se quiserem administrar a UFTM sem grandes turbulências nos próximos quatro anos. Ficou claro que a área de Saúde - em especial a Medicina - já não reina absoluta dentro da instituição. Tanto que a dupla venceu com pequena margem de votos entre os professores, os técnicos administrativos e os estudantes. A disputa abriu algumas feridas em diferentes áreas. Antes elas ficavam restritas aos médicos, que ditavam as normas na UFTM. O recado está dado.
Jogo pesado
Situação jogou pesado na eleição para reitor. Gente estranha à instituição foi vista circulando inclusive em áreas restritas exibindo movimentação bancária do candidato de oposição Fábio Cesar. E dando versão inverídica - dizem - para o que nela está contido.
Estímulo à abstenção
Mudança de local de votação doze horas antes do dia “D” e exigência da apresentação de documento de identidade com foto estão nas causas da elevada abstenção (45%) registrada na UFTM. Estranhamente, no site da instituição constou para um grupo de funcionários que a votação ocorreria no anfiteatro do Ambulatório “Maria da Glória”, que não tem o espaço anunciado e posteriormente alterado.
Sem documento
E foi surpreendente a constatação do grande número de trabalhadores do complexo federal que não anda com documento de identidade, mas apenas com o crachá. Em pleitos anteriores, o crachá valeu como comprovação para o exercício do voto, mas, desta vez, a exigência do crachá veio acompanhada do documento de identidade e muita gente voltou do posto de votação sem fazer sua escolha.
* Trecho da coluna "Falando sério", assinada por Wellington Cardoso e publicada na edição de 24/05/2014 do Jornal da Manhã.
Fonte: Jornal da Manhã (24/05/2014).
Resultado das urnas, que dificilmente deixará de ser referendado em Brasília, sinaliza que a enfermeira Ana Lúcia Simões e Luiz Fernando Resende precisarão compor com a oposição se quiserem administrar a UFTM sem grandes turbulências nos próximos quatro anos. Ficou claro que a área de Saúde - em especial a Medicina - já não reina absoluta dentro da instituição. Tanto que a dupla venceu com pequena margem de votos entre os professores, os técnicos administrativos e os estudantes. A disputa abriu algumas feridas em diferentes áreas. Antes elas ficavam restritas aos médicos, que ditavam as normas na UFTM. O recado está dado.
Jogo pesado
Situação jogou pesado na eleição para reitor. Gente estranha à instituição foi vista circulando inclusive em áreas restritas exibindo movimentação bancária do candidato de oposição Fábio Cesar. E dando versão inverídica - dizem - para o que nela está contido.
Estímulo à abstenção
Mudança de local de votação doze horas antes do dia “D” e exigência da apresentação de documento de identidade com foto estão nas causas da elevada abstenção (45%) registrada na UFTM. Estranhamente, no site da instituição constou para um grupo de funcionários que a votação ocorreria no anfiteatro do Ambulatório “Maria da Glória”, que não tem o espaço anunciado e posteriormente alterado.
Sem documento
E foi surpreendente a constatação do grande número de trabalhadores do complexo federal que não anda com documento de identidade, mas apenas com o crachá. Em pleitos anteriores, o crachá valeu como comprovação para o exercício do voto, mas, desta vez, a exigência do crachá veio acompanhada do documento de identidade e muita gente voltou do posto de votação sem fazer sua escolha.
* Trecho da coluna "Falando sério", assinada por Wellington Cardoso e publicada na edição de 24/05/2014 do Jornal da Manhã.
Fonte: Jornal da Manhã (24/05/2014).
Divulgado resultado da votação para reitor e vice da UFTM
Chapa 2 venceu a consulta com 2.399 votos.
Escolhidos deverão atuar de 2014 até 2018.
Do G1 Triângulo Mineiro
Dos 8.129 integrantes da comunidade universitária da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) com direito a voto, 4.629 compareceram às urnas para a consulta informal para escolha dos cargos de reitor e vice-reitor da universidade. Com 2.399 votos, quem venceu foi a Chapa 2, que atuará na gestão de 2014 a 2018.
A Chapa 2 é composta pelos professores Ana Lúcia de Assis Simões e Luiz Fernando Resende dos Santos Anjo. Já a Chapa 1 era integrada pelos professores Fábio César da Fonseca e Maria Laura Pinto Rodrigues. Esta obteve 2.183 votos, segundo dados da Comissão Eleitoral.
Ao todo foram 4.582 foram válidos, 12 em branco e 35 nulos. Ainda conforme a Comissão Eleitoral, a apuração dos votos teve início no fim da noite de quarta-feira (21) e foi encerrada na manhã desta quinta-feira (22) por volta das 7h30.
Veja como foi a votação:
Chapa 1
Fábio César da Fonseca e Maria Laura Pinto Rodrigues
Docente = 169
Discente = 1.462
Técnico-administrativo = 552
Chapa 2
Ana Lúcia de Assis Simões e Luiz Fernando Resende dos Santos Anjo
Docente = 244
Discente = 1.536
Técnico-administrativo = 619
Fonte: G1 Triângulo Mineiro (22/05/2014).
Escolhidos deverão atuar de 2014 até 2018.
Do G1 Triângulo Mineiro
Dos 8.129 integrantes da comunidade universitária da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) com direito a voto, 4.629 compareceram às urnas para a consulta informal para escolha dos cargos de reitor e vice-reitor da universidade. Com 2.399 votos, quem venceu foi a Chapa 2, que atuará na gestão de 2014 a 2018.
A Chapa 2 é composta pelos professores Ana Lúcia de Assis Simões e Luiz Fernando Resende dos Santos Anjo. Já a Chapa 1 era integrada pelos professores Fábio César da Fonseca e Maria Laura Pinto Rodrigues. Esta obteve 2.183 votos, segundo dados da Comissão Eleitoral.
Ao todo foram 4.582 foram válidos, 12 em branco e 35 nulos. Ainda conforme a Comissão Eleitoral, a apuração dos votos teve início no fim da noite de quarta-feira (21) e foi encerrada na manhã desta quinta-feira (22) por volta das 7h30.
Veja como foi a votação:
Chapa 1
Fábio César da Fonseca e Maria Laura Pinto Rodrigues
Docente = 169
Discente = 1.462
Técnico-administrativo = 552
Chapa 2
Ana Lúcia de Assis Simões e Luiz Fernando Resende dos Santos Anjo
Docente = 244
Discente = 1.536
Técnico-administrativo = 619
Fonte: G1 Triângulo Mineiro (22/05/2014).
Comissão divulga resultado da consulta à comunidade universitária
Dos 8.129 integrantes da comunidade universitária com direito a voto, 4.629 compareceram às urnas do processo de consulta informal para escolha de Reitor e Vice-Reitor da UFTM, para a Gestão 2014-2018, registrando um índice de 56,94%.
Segundo dados da Comissão Eleitoral, na votação geral, a Chapa 2, composta pelos professores Ana Lúcia de Assis Simões e Luiz Fernando Resende dos Santos Anjo, recebeu 2.399 votos, 36,92% dos votos, e a Chapa 1, integrada pelos professores Fábio César da Fonseca e Maria Laura Pinto Rodrigues, obteve 2.183 votos, o que representou 30,23% dos votos.
Do total de votos, 4.582 foram válidos, 12 em branco e 35 nulos.
A maior abstenção foi registrada no segmento discente, 49% não votaram. Já o menor índice de abstenção foi registrado entre os docentes. Dos 504 professores, 80 não votaram, um índice de 15,87%. A abstenção geral ficou em 31,65%.
Entre 5.926 alunos, 3.015 votaram. Dos 1.699 técnico-administrativos com direito a voto, 1.190 foram às urnas, uma abstenção de 31%.
A apuração dos votos iniciou no final da noite de ontem, e foi encerrada na manhã desta quinta-feira, 22, por volta das 7h30 horas.
Chapa 1
Fábio César da Fonseca e Maria Laura Pinto Rodrigues
Docente = 169
Discente = 1.462
Técnico-administrativo = 552
Chapa 2
Ana Lúcia de Assis Simões e Luiz Fernando Resende dos Santos Anjo
Docente = 244
Discente = 1.536
Técnico-administrativo = 619
Resultado da Consulta em números (arquivo em excel)
Resultado da Consulta em números (pdf)
Foto: Edmundo Gomide/UFTM
Fonte: ASCOM/UFTM (22/05/2014)
quinta-feira, 22 de maio de 2014
Estamos apenas no início!
Tito Flávio Bellini
Professor Adjunto - Departamento de História
Sai um pouco antes da contagem final dos votos dos estudantes, quase por exaustão física. Chegando em casa, não tinha condições de dormir.
O registro em papel dos momentos que testemunhara instantes atrás deveria acontecer antes que eu me preocupasse com os afazeres do cotidiano.
Enquanto uma câmera filmava a sucessão de cédulas sobre a mesa apuradora, Fábio respirou fundo, trocou algumas palavras comigo e então se dirigiu à candidata inevitavelmente àquele momento vitoriosa nas urnas.
O gesto, tão comum, quase protocolar em disputas políticas, poderia ter sido apenas mais um dentre tantos como esse.
Mas com ele, naquele instante, isso adquiria um sentido muito mais profundo, digno, altivo, ético. Ladeado por outros que não lutaram com ele e por nós, proferiu um breve e lindo discurso, reforçando as convicções e motivações que nos levaram coletivamente até ali, reafirmando nossos compromissos com a universidade e com a sociedade.
Parte do público, atônito e em silêncio, refletia. Outra grande parte, emocionada, vertia lágrimas e soluços, fitando aquele gesto que só quem tem grandeza e humildade é capaz. Alguns poucos ainda menosprezavam com o olhar aquele gesto de humanidade e alteridade, imbuídos ainda de rancor, preconceito e arrogância.
Não há registro sonoro e fotográfico desse momento. Apenas as testemunhas naquele pequeno auditório poderão descrever um dia essa cena.
Após seu breve discurso, Fábio deixou ainda mais belo aquele gesto, ao cumprimentar a todos que estavam presentes, um por um, independente da cor da camisa que vestiam. Começando pelos que venceram nas urnas, para logo em seguida se dirigir aos nossos colegas, companheiros, militantes, amigos, num êxtase de emoção.
Junto aos seus, incansáveis lutadores de ombro, encontrou o reconhecimento e acolhimento, entre longos e emocionados abraços, palavras de agradecimento e esperança.
Ao fim, foi escoltado para fora do auditório, e o público proclamou em coro:
“Minha mãe cozinhava exatamente...
Arroz,
Feijão-Roxinho,
Molho de Batatinhas.
Mas cantava!”
Após um abraço coletivo, vimos esse lutador que ousou nos representar tão bem cair aos prantos e sair lentamente, de braço erguido, deixando todos nós entre os soluços, sonhos, divagações e a alegria de termos travado um bom combate.
Ficou a certeza de que, independente do resultado das urnas, fomos, somos e seremos vitoriosos por carregar em cada um de nós a coerência necessária para seguir adiante, de cabeça erguida e a certeza de uma missão cumprida e de que há muito ainda a fazer para que de fato a UFTM seja de todos nós!
Valeu Fábio. Valeu Laura! Valeu a todos que lutaram!
Estamos apenas no início!
Uberaba, 22 de maio de 2014.
Professor Adjunto - Departamento de História
Sai um pouco antes da contagem final dos votos dos estudantes, quase por exaustão física. Chegando em casa, não tinha condições de dormir.
O registro em papel dos momentos que testemunhara instantes atrás deveria acontecer antes que eu me preocupasse com os afazeres do cotidiano.
Enquanto uma câmera filmava a sucessão de cédulas sobre a mesa apuradora, Fábio respirou fundo, trocou algumas palavras comigo e então se dirigiu à candidata inevitavelmente àquele momento vitoriosa nas urnas.
O gesto, tão comum, quase protocolar em disputas políticas, poderia ter sido apenas mais um dentre tantos como esse.
Mas com ele, naquele instante, isso adquiria um sentido muito mais profundo, digno, altivo, ético. Ladeado por outros que não lutaram com ele e por nós, proferiu um breve e lindo discurso, reforçando as convicções e motivações que nos levaram coletivamente até ali, reafirmando nossos compromissos com a universidade e com a sociedade.
Parte do público, atônito e em silêncio, refletia. Outra grande parte, emocionada, vertia lágrimas e soluços, fitando aquele gesto que só quem tem grandeza e humildade é capaz. Alguns poucos ainda menosprezavam com o olhar aquele gesto de humanidade e alteridade, imbuídos ainda de rancor, preconceito e arrogância.
Não há registro sonoro e fotográfico desse momento. Apenas as testemunhas naquele pequeno auditório poderão descrever um dia essa cena.
Após seu breve discurso, Fábio deixou ainda mais belo aquele gesto, ao cumprimentar a todos que estavam presentes, um por um, independente da cor da camisa que vestiam. Começando pelos que venceram nas urnas, para logo em seguida se dirigir aos nossos colegas, companheiros, militantes, amigos, num êxtase de emoção.
Junto aos seus, incansáveis lutadores de ombro, encontrou o reconhecimento e acolhimento, entre longos e emocionados abraços, palavras de agradecimento e esperança.
Ao fim, foi escoltado para fora do auditório, e o público proclamou em coro:
“Minha mãe cozinhava exatamente...
Arroz,
Feijão-Roxinho,
Molho de Batatinhas.
Mas cantava!”
Após um abraço coletivo, vimos esse lutador que ousou nos representar tão bem cair aos prantos e sair lentamente, de braço erguido, deixando todos nós entre os soluços, sonhos, divagações e a alegria de termos travado um bom combate.
Ficou a certeza de que, independente do resultado das urnas, fomos, somos e seremos vitoriosos por carregar em cada um de nós a coerência necessária para seguir adiante, de cabeça erguida e a certeza de uma missão cumprida e de que há muito ainda a fazer para que de fato a UFTM seja de todos nós!
Valeu Fábio. Valeu Laura! Valeu a todos que lutaram!
Estamos apenas no início!
Uberaba, 22 de maio de 2014.
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